Rogue One: Uma História Star Wars - Crítica
- Ricardo Fraga
- 18 de dez. de 2016
- 3 min de leitura
Quando assistimos a Star Wars episódio IV Uma nova esperança podemos observar que o texto inicial diz o seguinte:
"É um período de guerra civil. Partindo de uma base secreta, naves rebeldes atacam e conquistam sua primeira vitória contra o perverso Império Galáctico. Durante a batalha, espiões rebeldes conseguem roubar os planos secretos da arma decisiva do Império, a Estrela da Morte, uma estação espacial blindada com poder suficiente para destruir um planeta inteiro." Pronto! Eis o roteiro de Rogue One: uma história Star Wars, que conta exatamente a história desses rebeldes que roubaram os planos da estrela da morte.
O diretor Gareth Edwards (Godzilla), em uma atitude ousada e corajosa, já havia dito que este seria um filme diferente e ele realmente cumpriu com a promessa! Rogue One não trás Jedis e duelos de sabres de luz, como estamos acostumados a ver ao longo de todo o universo de Star Wars. Rogue One é uma história de guerra focada nos rebeldes e em sua luta contra o opressivo Império. É importante dizer logo de cara que o filme cumpre com aquilo que se propõe e é capaz de surpreender até os fãs mais críticos da saga.
Tudo é muito bem dirigido e articulado, cada personagem tem o seu valor e nenhuma é deixado de lado. Talvez algumas pessoas questionem a protagonista, Jyn Erso (Felicity Jones), que não teve tanto destaque, mas particularmente entendo que ela foi boa na medida certa uma vez que o objetivo não era um personagem se sobressair, mas sim que todos atuassem como um grupo coeso. Por isso gostei muito da protagonista forte e determinada que ao contrário como acontece na "jornada do herói", onde o personagem vem se descobrindo aos poucos e tem que lidar com suas limitações e imperfeições, ela já começa bem resolvida e sabendo o que quer.
Destaco também o personagem Chirrut Imwe (Donnie Yen), ele não é um Jedi, mas uma espécie de monge estudioso da Força e essa fé que possui que o ajuda a superar a cegueira e o torna uma guerreiro muito valoroso na jornada. Esse personagem merece destaque por mostrar que a Força não é uma exclusividades dos Jedis, mostrando que ela pode ser acessada por qualquer pessoa que procure conhecer e acreditar.
Também merece destaque o K-2SO (Alan Tudyk), um droid do Império, mas que teve seus dados alterados e agora está do lado dos rebeldes, ele é um droid de batalha e por isso se torna bem útil e importante na jornada, ele também funciona como alivio cômico, mas sem atrapalhar o tom sério da produção, seu humor é sarcástico e sempre fala o que pensa.
Sobre a participação de Darth Vader, como já se sabia pelos trailers, é simplesmente fantástico e é a cereja do bolo de uma receita que deu muito certo! Quando ele aparece o espectador sente o medo, o terror de sua figura imponente e ameaçadora.
Existem pontos fracos no filme? Sim claro, nenhuma produção é perfeita, mas nada que incomode, posso citar a aparição de dois personas feitos digitalmente podem chamar a atenção de alguns espectadores pelo fato deles não terem ficado de forma tão natural na tela. Também a ausência da trilha sonora original como a marcha imperial pode chamar a atenção de alguns fãs mais detalhistas, afinal de contas é o auge do Império e nada melhor do que a marcha imperial para coroar esse momento. Com uma direção corajosa, uma enorme carga dramática Rogue One é sem dúvida um verdadeiro filme de guerra nas estrelas e um dos melhores da franquia, é um daqueles filmes que é impossível se levantar imediatamente quando as luzes do cinema se acendem, é preciso esperar alguns segundos para se recuperar do final épico, por isso vale muito a pena assistir. Então não perca tempo! E que a Força esteja conosco!
Ficha técnica: Direção: Gareth Edwards Roteiro: Chris Weitz , Tony Gilroy
Elenco: Felicity Jones , Diego Luna , Riz Ahmed , Ben Mendelsohn , Mads Mikkelsen , Alan Tudyk , Donnie Yen. Gêneros: Aventura, Ficção Científica, Ação
Assista ao trailer:
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