A Chegada (Resenha com Spoiler)
- Anuska Nicchio
- 29 de nov. de 2016
- 3 min de leitura
Fui ao cinema sem esperar muito desse filme, na verdade nem sabia muito do que se tratava. Somente soube que as críticas eram em sua maioria muito boas e que tinha o tema de alienígenas.
Pois bem, eis que me surpreendi enormemente.
O começo do filme foi de descobrimento. As cenas iniciais são tristes, melancólicas, mas nos darão uma prévia de algo que será explicado lá no fim. Somos então, apresentados a Dra Louise, uma linguista que é convocada pelo governo para traduzir uma linguagem de alienígenas recém chegados, que estão espalhados em 12 "cápsulas" pelo mundo. Ela, acompanhada de um cientista, é levada até uma base do exército, perto de uma dessas "cápsulas", ou naves, para ajudá-los a entender o porque delas terem vindo a terra.
A jornada da base até a "cápsula" é extremamente cuidadosa, lenta, emocionante. A trilha sonora nos dá um deleite de ansiedade e emoção, sentimos como se estivéssemos lá, indo ao encontro dessas criaturas desconhecidas, com medo e sem saber o que esperar dentro daquela nave escura. Graficamente fenomenal! Cada passo nos da um aperto no peito, pensando no que os personagens, e nós, iremos encontrar, de quem são essas criaturas, como se fôssemos ver algo que nunca mais iríamos esquecer.
Enfim nos deparamos com elas, e assim começa a verdadeira jornada da nossa protagonista. A partir daí muitas figuras de linguagem e explicações científicas são apresentadas, tentativas de explicar toda a comunicação das criaturas com os humanos que lá entraram. Enquanto isso,12 outras nações, que também tem uma nave em seu território, tentam desvendar o mesmo mistério, porém cada uma do seu jeito, as vezes não tão pacífico.
Após muitas tentativas, na metade, o filme nos leva a crer que a questão central do filme seria a linguagem, antropologia, o entendimento de outras culturas e até mesmo comunicação entre povos.
Porém, eis que nos deparamos com uma reta final surpreendente, mostrando que na verdade o cerne do filme se trata de discutir a humanidade de cada um de nós, e de como nos entender, entender o tempo, nossas vidas. Como ter um conhecimento além do que podemos ter, pode transformar a nós e talvez até o mundo em nossa volta. Ou até mesmo nos fazer escolher ser quem devemos ser e fazer tudo igual, porque é o que nos faz seres humanos, vivermos independente do nosso propósito no universo.
Chorei, me emocionei e me entreguei como a muito tempo não fazia no cinema. Matei a saudade de sair refletindo e me sentindo dentro do universo mágico do filme que acabei de ver!
Ps: Lembrando que minhas resenhas no site serão menos técnicas, descreverei mais como me senti ao ver o filme na telona do que em aspectos técnicos.
Assista ao trailer:
Ficha Técnica:
SINOPSE Quando seres interplanetários deixam marcas na Terra, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma linguista especialista no assunto, é procurada por militares para traduzir os sinais e desvendar se os alienígenas representam uma ameaça ou não. No entanto, a resposta para todas as perguntas e mistérios pode ameaçar a vida de Louise e a existência de toda a humanidade.
ELENCO Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg, Mark O´Brien, Tzi Ma, Nathaly Thibault, Russell Yuen, Abigail Pniowsky
ROTEIRO Eric Heisserer
PRODUÇÃO EXECUTIVA Glen Basner, Dan Cohen, Eric Heisserer, Tory Metzger, Milan Popelka, Stan Wlodkowski
PRODUÇÃO Dan Levine, Shawn Levy, David Linde, Karen Lunder, Aaron Ryder
DIREÇÃO Denis Villeneuve
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